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Inflação mundial pressiona juros e permanece no radar

No Brasil, os juros já subiram da mínima histórica de 2% para 9,25% e, segundo a mediana do Focus desta semana, devem continuar a subir até 11,75% ao longo de 2022
A retomada do aumento das projeções para inflação compiladas pelo boletim Focus são motivadas por dois fatores, explica Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, no boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg. O primeiro é a divulgação do IPCA de dezembro que, com variação de 0,73%, veio um pouco acima do esperado. E o segundo é um consenso que vem sendo formado por analistas de que estamos diante de uma inflação mundial que não tem mais como causa apenas uma sucessão de choques cujos efeitos seriam temporários e, portanto, não demandariam ação dos Bancos Centrais.
“O rompimento das cadeias globais de produção é parte relevante do problema, mas está claro que esses choques estão se disseminando por outros preços. Nos EUA, com o mercado de trabalho pressionado, há temores de uma espiral preços-salários. Os choques teriam podido se perpetuar por conta dos estímulos monetários e fiscais excepcionais aplicados pelos governos em resposta aos efeitos da pandemia da Covid-19”, afirma o economista.
No Focus desta semana, a projeção para o IPCA neste ano subiu de 5,09% para 5,15%, acima, portanto, do teto da meta. Para 2023, a projeção para o IPCA ficou estável em 3,40%. “Com tanta liquidez provocando inflação pelo mundo, é natural que se espere uma resposta por parte dos Bancos Centrais”, acrescenta. No Brasil, os juros já subiram da mínima histórica de 2% para 9,25% e, segundo a mediana do Focus desta semana, deve continuar a subir até 11,75% ao longo de 2022. A projeção para o crescimento do PIB permaneceu em 0,29% este ano, mas caiu de 1,75% para 1,69% no ano que vem.
Segs