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Osteoporose
Em geral acreditamos que, após a fase de crescimento, nossos ossos estão formados e não se modificam mais. Essa é uma ideia equivocada, porque o osso é um tecido vivo e, como todos os demais tecidos no nosso corpo, está em constante mutação.
 
As células que compõem os ossos estão se renovando constantemente e para que esse processo se concretize, nosso organismo utiliza principalmente o cálcio. Quando essa renovação celular não se conclui de forma satisfatória, os ossos ficam com sua massa diminuída e tornam-se porosos, o que deixa o esqueleto mais sujeito a fraturas.
 
 A esse conjunto de situações – menor massa óssea e porosidade – é que se dá o nome de osteoporose. A osteoporose atinge principalmente mulheres após a menopausa e idosos de ambos os sexos, causando problemas posturais e perda de altura, além do já mencionado maior risco de fraturas. Entretanto, a osteoporose é uma doença que pode ser prevenida e tratada.
 
A osteoporose é uma doença que leva a uma fragilidade dos ossos, aumentando o risco da ocorrência de fraturas.As fraturas osteoporóticas mais freqüentes ocorrem na coluna vertebral, no fêmur e no punho. 
 
Quais os fatores de risco?
Quanto maior a idade, maior o risco de apresentar osteoporose em ambos os sexos, sendo que as mulheres são afetadas mais precocemente em razão da queda hormonal do período da menopausa. Segundo dados americanos, uma em cada três mulheres brancas terá uma fratura osteoporótica após a menopausa. A eventual queda dos hormônios sexuais no sexo masculino também pode levar à doença. Outros fatores de risco incluem: antecedente familiar de osteoporose, composição corporal magra, menopausa precoce, doenças crônicas na infância e particularmente na adolescência (que é a fase essencial para a aquisição de massa óssea), dieta pobre em cálcio (presente no leite e derivados), tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, hipertiroidismo, hiperparatiroidismo, doenças renais, hepáticas e pulmonares crônicas, câncer, doenças intestinais que causam má absorção de nutrientes e o uso prolongado de corticosteróides.
 
Consequências
A osteoporose é uma doença insidiosa cujos sintomas podem passar despercebidos durante muitos anos. Isso explica o motivo de muitos casos serem diagnosticados em uma fase já avançada da doença. Quando sintomática, a osteoporose está associada à perda de altura, cifose ou outra deformidade óssea e dor, esta última geralmente já indicativa de uma fratura. A fratura osteoporótica ocorre geralmente após traumas mínimos, como quedas da própria altura, ou mesmo espontaneamente, por extrema fragilidade óssea. As complicações mais comuns das fraturas da coluna vertebral são dor, limitação de movimentos, diminuição da reserva respiratória e deformidade da caixa toráxica ou cifose. A mais temida fratura osteoporótica é a fratura do fêmur, pois apresenta elevada mortalidade no primeiro ano, cerca de 20%. A mortalidade está relacionada ao longo período de imobilização necessário para a consolidação da fratura, que eleva o risco de embolia ou infecção pulmonar. Além disso, metade dos pacientes com fraturas femurais não voltarão a andar sem auxílio, perdendo sua autonomia.
 
Como diagnosticar a doença?
O exame de densitometria óssea é o melhor método para diagnosticar a osteoporose e acompanhar sua evolução. Entretanto, o exame não é capaz de indicar as causas. A pesquisa de causas secundárias da doença, além do envelhecimento ou menopausa, é muito importante, pois cerca de 30% das mulheres e 60% dos homens apresentam uma razão para a perda óssea que, se for identificada, pode ser tratada.
 
Como é o exame de densitometria óssea?
É um exame rápido, indolor, que envolve pequenas doses de radiação e que quantifica a massa óssea por meio de sua densidade para informar se o valor obtido está dentro do esperado ou menor, comparando com uma população de adultos jovens. O valor da densidade mineral óssea (BMD) se relaciona com o risco de fratura. As regiões mais comumente estudadas são o fêmur e as vértebras lombares, por serem sede das fraturas osteoporóticas mais frequentes e serem tecnicamente viáveis para avaliação. Nenhum preparo especial é necessário para a realização do exame.
 
E quanto à periodicidade do exame?
Como o metabolismo do osso é muito lento, um exame como a densitometria óssea deve ser repetido em intervalos mínimos de 1 a 2 anos, salvo em casos especiais. A dosagem de marcadores de remodelação óssea no sangue e na urina pode fornecer ao médico informações sobre a eficácia do tratamento.
 
Qual a ingestão ideal de cálcio para se evitar a osteoporose?
A ingestão diária de cálcio indicada para crianças de até seis meses de idade é de 360 mg; para as de 6 meses a 1 ano, 540 mg; de 1 a 10 anos, I .080 mg; dos 11 aos 18 anos, 1.200 mg, e adultos 800 mg. Gestantes, mulheres que estão amamentando e idosos devem ingerir 1.200 mg. O cálcio presente no leite e seus derivados apresenta-se da forma mais fácil de assimilação pelo organismo. Um copo de leite integral ou desnatado contém habitualmente a mesma quantidade de cálcio, em torno de 250 mg. Uma fatia média (30 g) de queijo fresco contém 205 mg de cálcio.
 
Qual atividade física é recomendada para quem tem ou para quem quer evitar a osteoporose?
A atividade física estimula a formação óssea principalmente por meio do fortalecimento da massa muscular. Recomenda-se que a criança e o jovem tenham uma vida bem ativa, independente dos esportes que venham a praticar. Aos adultos, são indicados exercícios com peso e de impacto, como correr, caminhar e pedalar. A hidroginástica, por eliminar a ação da gravidade, contribui pouco para o fortalecimento da massa óssea, mas pode, por meio do aumento da resistência física e do equilíbrio, diminuir o risco de quedas e, consequentemente, de fraturas.
 
E tem tratamento?
Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento. A identificação de uma causa para a osteoporose, por exemplo, uma disfunção hormonal, é essencial para o planejamento terapêutico. Medidas como o aumento na ingestão de cálcio, a prática regular de exercícios físicos e a exposição solar são recomendáveis. Atualmente, existem várias medicações que podem diminuir a velocidade de perda óssea ou até estimular a sua formação, e a indicação precisa vai depender das características de cada caso.
 
Como prevenir a ocorrência de fraturas em quem já tem a doença?
Além das medidas já citadas, a prevenção de quedas é muito importante. Noventa por cento das fraturas em idosos ocorrem no próprio domicílio. Desta forma, é preciso orientar o idoso para evitar pisos escorregadios ou molhados, não andar pela casa no escuro, usar sempre o corrimão da escada, usar sapatos adequados, andar com apoio quando necessário, verificar anualmente a acuidade visual e usar lentes corretivas, ter cuidado com medicações que afetam o equilíbrio como os anti-hipertensivos e calmantes, e com animais domésticos.
Fonte: Folheto Fleury